A inflamação pélvica é uma infecção de
qualquer um dos órgãos pélvicos da mulher, incluindo o útero, ovários, trompas
de Falópio, ou o peritoneu (a membrana que cobre a cavidade abdominal). Um
milhão de mulheres são diagnosticadas com inflamação pélvica anualmente nos
E.U.A., geralmente como resultado de uma infeção transmitida sexualmente, como
a clamídia ou a gonorreia. A inflamação pélvica aguda aparece repentinamente e
tem tendência a ser mais severa, enquanto que a Inflamação Pélvica crónica é uma
infecção de baixo grau que podem causar dor leve e às vezes dor
nas costas. Se não
for tratada corretamente, a Inflamação Pélvica pode causar infertilidade e em
casos muito raros, a morte.
Sinais
e Sintomas:
Inflamação Pélvica Aguda é acompanhada pelos seguintes
sinais e sintomas:
- Dor e sensibilidade na parte inferior do abdómen
- Corrimento Vaginal
- Sangramento uterino anormal
- Febre
- Náuseas e vómitos
Inflamação Pélvica Crónica é acompanhada pelos seguintes
sinais e sintomas:
- Dor leve e recorrente no abdómen inferior
- Dor nas costas
- Período menstrual irregular
- Dor durante as relações sexuais
- Infertilidade
- Corrimento vaginal pesado e com cheiro desagradável
CAUSAS
A inflamação pélvica ocorre quanto
bactérias da vagina ou do cérvix/colo do útero infiltram-se nos órgãos pélvicos
normalmente estéreis. A Inflamação Pélvica é causada geralmente por doenças
transmitidas sexualmente (DTS), como a Chlamydia trachomatis e a Neisseria
gonorrhoeae.
GRUPOS
DE RISCO
Pessoas
com as seguintes condições ou características correm o risco de desenvolver a
doença:
- Encontros sexuais frequentes, múltiplos parceiros
- Histórico de doenças transmitidas sexualmente ou história anterior de inflamação pélvica
- Jovens (entre 14 - 25 anos), particularmente no inicio sexual precoce
- Irrigações Vaginais
- Episódio anterior de gonococcal
- Aparelhos intrauterinos podem aumentar o risco de inflamação pélvica durantes os primeiros 20 dias depois da sua inserção.
PREVENÇÃO
Métodos contraceptivos (preservativos,
diafragmas, espermicidas vaginais) reduzem o risco de Inflamação Pélvica. Um
diagnóstico rápido e um tratamento eficiente das infecções do trato urinário inferior
ajudam a prevenir o desenvolvimento da Inflamação Pélvica.
Alterações
Nutricionais
·
Eliminar alimentos potencialmente alérgicos,
incluindo lacticínios, trigo (glúten), milho, soja, conservantes e aditivos
alimentares.
· Aumentar o consumo de alimentos
ricos em cálcio, incluindo leguminosas, amêndoas e vegetais de folha verde
escura, como os espinafres.
·
Aumentar o consumo de alimentos antioxidantes,
incluindo frutas (arandos, cerejas e tomates) e vegetais como a abóbora e
pimentos.
- Evitar o consumo de alimentos refinados, como pão branco, massas e açúcar.
- Evitar o consumo de carnes vermelhas, e aumentar o consumo de tofu (se não houver alergia) ou leguminosas para obter proteína.
- Usar óleos de culinária saudáveis, como o azeite.
- Reduzir ou eliminar alimentos ácidos gordos hidrogenados encontrados em produtos comercializados como bolachas, bolos, margarinas, alimentos processados.
- Evitar café e outros estimulantes como o álcool e o tabaco.
- Beber entre 6 - 8 copos grandes de água filtrada por dia.
PROGNÓSTICO
E POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES:
Em 85% dos casos, o tratamento inicial é
bem sucedido. Em 75% dos casos, os pacientes não experienciam uma infecção
recorrente, no entanto, quando ocorre, a probabilidade de infertilidade aumenta
em cada episódio de Inflamação Pélvica. Complicações potenciais incluem:
- Abcessos nos ovários
- Obstrução das trompas de Falópio, que pode resultar numa gravidez ectópica ou infertilidade.
- Dor pélvica crónica
- Disfunção Sexual
Fontes
de Pesquisa
Bope:
Conn's Current Therapy 2010, 1st ed. Philadelphia, PA: Saunders
Elsevier. 2009.
Cabrera
C, Artacho R, Gimenez R. Beneficial effects of green tea--a review. J Am
Coll Nutr. 2006;25(2):79-99.
Crossman
SH. The challenge of pelvic inflammatory disease. Am Fam Physician.
2006;73(5):859-64.
Cvetnic
Z, Vladimir-Knezevic S. Antimicrobial activity of grapefruit seed and pulp
ethanolic extract. Acta Pharm. 2004;54(3):243-50.
Das
M, Sur P, Gomes A, Vedasiromoni JR, Ganguly DK. Inhibition of tumor growth and
inflammation by consumption of tea. Phytother Res. 2002;16 Suppl 1:S40-4.
Ferri:
Ferri's Clinical Advisor, 2010, 1st ed. Philadelphia, PA: Mosby
Elsevier. 2009.
Gonclaves
C, Dinis T, Batista MT. Antioxidant properties of proanthocyanidins of Uncaria
tomentosa bark decoction: a mechanism for anti-inflammatory activity. Phytochemistry.
2005;66(1):89-98.
Haggerty
CL, Ness RB. Epidemiology, pathogenesis and treatment of pelvic inflammatory
disease. Expert Rev Anti Infect Ther. 2006;4(2)
Hale
LP, Greer PK, Trinh CT, James CL. Proteinase activity and stability of natural
bromelain preparations. Int Immunopharmacol. 2005;5(4):783-93.
Heggers
JP, Cottingham J, Gussman J, et al. The effectiveness of processed
grapefruit-seed extract as an antibacterial agent: II. Mechanism of action and
in vitro toxicity. J Altern Complement Med. 2002;8(3):333-40.
Heitzman
ME, Neto CC, Winiarz E, Vaisberg AJ, Hammond GB. Ethnobotany, phytochemistry
and pharmacology of Uncaria (Rubiaceae). Phytochemistry. 2005;66(1):5-29.
Ibarrola
Vidaurre M, Benito J, Azcona B, Zubeldia N. Infectious pathology: vulvovaginitis,
sexually transmitted diseases, pelvic inflammatory disease, tubo-ovarian
abscesses. An Sist Sanit Navar. 2009;32,Suppl 1: 29-38.
Lareau
S, Beigi R. Pelvic Inflammatory Disease and Tubo-ovarian Abscess. Infectious
Disease Clinics of North America. 22(4).
Long:
Principles and Practice of Pediatric Infectious Diseases, 3rd ed.
Philadelphia, PA: Churchill Livingstone, 2008. Ch. 56.
Martinez
F, Lopez-Arregui E. Infection risk and intrauterine devices. Acta Obstet
Gynecol Scand. 2009;88(3):246-50.
Risser
JM, Risser WL. Purulent vaginal and cervical discharge in the diagnosis of
pelvic inflammatory disease. Int J STD AIDS. 2009;20(2)
Yoon
JH, Baek SJ. Molecular targets of dietary polyphenols with anti-inflammatory
properties. Yonsei Med J. 2005;46(5):585-96.
Comentários