O Estudo discute a correlação entre o aumento da ingestão de magnésio e a redução do AVC
(Estudos relevantes de PubMed e EMBASE (Jan 1966-setembro
2011) e referências nesses artigos).
Principais conclusõesPara cada aumento de 100mg na ingestão de magnésio, o risco de acidente vascular cerebral foi reduzido em 8% (combinado RR: 0,92; 95% CI: 0,88, 0,97).
Estas conclusões referem-se ao AVC isquémico (RR: 0,91, IC 95%: 0,87, 0,96), mas não ao hemorrágico intra-cerebral (RR: 0,96; 95% CI: 0,84, 1,10) ou ao sub-aracnóideo (RR: 1,01; 95% CI: 0,90, 1,14 acidente vascular cerebral).
Implicações práticasOs autores defendem que a redução do risco de AVC deve-se ao efeito do magnésio sobre os vários factores de risco inerentes ao AVC, onde já foi comprovada a sua eficácia, entre eles:
Hipertensão (1, 2)
A síndrome metabólica (3)
Diabetes tipo-2 (2, 4)
Os ensaios clínicos randomizados mostraram que a suplementação de magnésio reduz modestamente a pressão arterial diastólica (5), o peptídeo-C (O peptídeo-C é uma molécula produzida e secretada em conjunto com a insulina pelas células beta do pâncreas) e a concentração de insulina.(6)
Estudos realizados em animais mostraram que a ingestão elevada de magnésio tem efeitos favoráveis sobre a glicémia e nas concentrações sanguíneas de lípidos, (7) e que a deficiência de magnésio aumenta a susceptibilidade de peroxidação das lipoproteínas.(8)
Os níveis de magnésio na dieta têm diminuiu gradualmente nos Estados Unidos, onde no ano de 1900 a sua ingestão era de cerca de 500mg/dia e actualmente é cerca de 175-225mg/dia.(9) A National Academy of Sciences determinou que a maioria dos homens americanos obtêm cerca de 80% da dose diária recomendada (DDR) e as mulheres, uma média de 70%.(10)
Existem mais de 325 enzimas dependentes do magnésio no corpo humano que permitem que o magnésio funcione como um co-factor numa ampla gama de reacções metabólicas.(9)
Dada a prevalência de deficiência de magnésio, não se deve assumir que o seu consumo diário é suficiente, logo, devem ser tomadas medidas dietéticas para assegurar a sua correcta ingestão, através de alimentos como os vegetais de folhas verdes, cereais integrais, nozes e sementes.
Referências
Larsson SC, Orsini N, Wolk A. ingestão de magnésio da dieta eo risco de AVC: uma meta-análise de estudos prospectivos. Am J Clin Nutr. 2012; 95 (2) :362-366.
1. Ma J, Folsom AR, Melnick SL, et al. Associations of serum and dietary magnesium with cardiovascular disease, hypertension, diabetes, insulin, and carotid arterial wall thickness: the ARIC study. Atherosclerosis Risk in Communities Study. J Clin Epidemiol. 1995;48:927-940.
2. Ohira T, Peacock JM, Iso H, Chambless LE, Rosamond WD, Folsom AR. Serum and dietary magnesium and risk of ischemic stroke: the Atherosclerosis Risk in Communities Study. Am J Epidemiol. 2009;169:1437-1444.
3. Song Y, Manson JE, Cook NR, Albert CM, Buring JE, Liu S. Dietary magnesium intake and risk of cardiovascular disease among women. Am J Cardiol. 2005;96:1135-1141.
4. Larsson SC, Wolk A. Magnesium intake and risk of type 2 diabetes: a meta-analysis. J Intern Med. 2007;262:208-214.
5. Dickinson HO, Nicolson DJ, Campbell F, et al. Magnesium supplementation for the management of essential hypertension in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2006;3: CD004640.
6. Chacko SA, Sul J, Song Y, et al. Magnesium supplementation, metabolic and inflammatory markers, and global genomic and proteomic profiling: a randomized, doubleblind, controlled, crossover trial in overweight individuals. Am J Clin Nutr. 2011;93:463-473.
7. Soltani N, Keshavarz M, Dehpour AR. Effect of oral magnesium sulfate administration on blood pressure and lipid profile in streptozocin diabetic rat. Eur J Pharmacol. 2007;560:201-205.
8. Rayssiguier Y, Gueux E, Bussière L, Durlach J, Mazur A. Dietary magnesium affects susceptibility of lipoproteins and tissues to peroxidation in rats. J Am Coll Nutr. 1993;12:133-137.
9. Altura BM. Introduction: importance of Mg in physiology and medicine and the need for ion selective electrodes. Scand J Clin Lab Invest. 1994;54(217[Suppl]):5-9.
10. Institute of Medicine, Dietary Reference Intake for Calcium, Phosphorus, Magnesium, Vitamin D, and Fluoride, National Academy Press, Washington DC, 1997.
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