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As plantas tem
sido amplamente utilizadas ao longo da história como terapia para condições de
saúde específicas, reduzindo a probabilidade de desenvolver determinadas
doenças, incluindo o cancro. Felizmente esse conhecimento empírico tem vindo a
ser confirmado pela ciência, que apoiam quase todas as alegações terapêuticas
que passaram de geração em geração.
O chá verde (Camellia sinensis) é um exemplo de uma dessas plantas. É uma bebida muito popular no Japão
e na China. Da planta Camellia sinensis
obtemos o chá verde, o chá branco, o chá Oolong e o chá preto. A sua designação
difere consoante o tipo de processamento/fermentação a que é sujeita a planta. Por
exemplo, o chá verde é obtido das folhas frescas da Camellia sinensis, já o chá preto passa por um processo de oxidação.
O chá verde
contém muitos compostos bioativos, ou seja, compostos que agem de forma
específica no nosso corpo. Estes compostos incluem a cafeína, os polifenóis do
chá e os compostos voláteis.
Os polifenóis
são compostos bioativos da planta onde se incluem as catequinas, que se acredita
serem responsáveis para muitos dos benefícios atribuídos ao chá verde. A
catequina mais ativa e abundante no chá verde é conhecida como epigalocatequina-3-galato
(EGCG), mas também existe outra, a epigalocatequina (ECG).
Ambas têm uma
elevada atividade antioxidante, neutralizando os radicais livres presentes no
nosso organismo
[Biochem Pharmacol. 2011]. Esta atividade é verdadeiramente
importante porque um radical livre é uma molécula reativa que pode
danificar estruturas importantes nas células, como o ADN e as proteínas.
Assim,
atualmente considera-se que a planta Camellia
sinensis, nomeadamente no que diz respeito ao chá verde tem a capacidade
de:
• Retardar ou impedir o crescimento de células cancerígenas
[J Exp Clin
Cancer Res. 2010, Int J Oncol. 2008]
• Bloquear a formação de novos vasos sanguíneos necessários
para nutrir as células tumorais [J Nutr. 2002];
Devido à sua
segurança e a numerosas propriedades anti-cancerígenas, é aconselhável consumir
duas a três chávenas de chá verde biológico e na forma de planta (não em
saqueta) diariamente.
O Dente-de-leão (Taraxacum officinale) é outro exemplo de planta medicinal de
extrema utilidade na prevenção do cancro.
Esta planta
é habitualmente utilizada no tratamento de infecções, inflamações, para
aumentar o fluxo biliar e corrigir problemas hepáticos. Também possui um efeito
laxativo suave e é benéfica no que diz respeito à digestão e apetite.
Recentemente,
estudos demonstraram que os extratos da flor do dente-de-leão, das
folhas e da raiz contêm compostos bioativos com potenciais propriedades anti-cancerígenas.
Num desses
estudos, o extrato da raiz do dente-de-leão demonstrou conseguir matar células
cancerígenas pancreáticas agressivas, resistentes ao tratamento, sem danificar as
células não-cancerígenas [Pancreas. 2012 Oct].
Outro cancro
que é resistente ao tratamento é a leucemia mielomonocítica crónica (LMMC). O extrato
de raiz de dente-de-leão demonstrou matar seletivamente as células LMMC,
sugerindo que esta planta tem um grande potencial como complemento eficaz ao
tratamento convencional [PLoS One. 2012].
O extrato da
raiz do dente-de-leão também demonstrou ser capaz de matar as células do
melanoma (cancro da pele), também sem prejudicar as células não-cancerígenas [Evid Based Complement Alternat Med. 2011].
Abraço
Vera
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