Avançar para o conteúdo principal

Estudo volta a confirmar a toxicidade do açúcar

Pixbay


Desde o momento em que os nossos filhos nascem que somos influenciados pelos hábitos socialmente aceites como normais. O açúcar entra nesse "padrão de normalidade" talvez pela fácil aceitação gustativa que o sabor doce tem na criança, como tal nem paramos um pouco para nos apercebermos da quantidade de açúcar que eles consomem, na maioria das vezes, incentivados por nós, pais.

E é óbvio que após instalado este hábito, a criança vai ganhando resistência a sabores mais suaves como o das frutas e legumes.

Como qualquer pai/mãe deparo-me com esta questão do açúcar diariamente. O açúcar está presente em todos os produtos processados, até em algumas embalagens de amendoins...acham normal? Pois eu não acho!
Em qualquer local onde vamos a oferta de alimentos cheios de açúcar é abundante e o interessante é que quando nos recusamos a oferecer determinando "alimento" aos nossos filhos tornamo-nos a personagem principal deste palco chamado sociedade! Ouvem-se reacções do género:

- " Coitadinho do menino que não come um rebuçadinho" (coitadinhos dos meninos que mais tarde na vida desenvolvem síndrome metabólica)
- "então não lhe dá chocolate porquê? só um pouco não faz mal..." (faz pois, além de o açúcar alterar a sensibilidade palativa é extremamente inflamatório)

Entre outras "reacções" que não vou aqui escrutinar, deixo apenas uma questão: Será sensato dar gomas, Musse de chocolate, gelados e produtos semelhantes principalmente quando as crianças estão doentes? o organismo delas já está a ser atacado por microorganismos patogénicos, será que a criança precisa ainda assim de alimentos que vão facilitar o trabalho desses "bichinhos maus"? O açúcar destrói as enzimas digestivas, inibe a absorção de cálcio, magnésio e ferro prejudicando a formação dos ossos, dentes, podendo até mesmo provocar anemia...valerá mesmo a pena?

A Times, citou um estudo recentemente realizado pela equipa do investigador Robert Lustig, do Departamento de Pediatria da Universidade da Califórnia, em São Francisco, em relação ao açúcar em crianças obesas.

A conclusão desta investigação, agora publicada, é que “o açúcar é tóxico independentemente das suas calorias e independentemente do peso do indivíduo”, conforme cita a Times.

Robert Lustig levou a cabo um estudo em torno da obesidade de crianças, seguindo 43 jovens com idades entre os 8 e os 18 anos.

O investigador reuniu informação sobre a quantidade média de calorias que estes consumiam diariamente. Depois elaborou um menu especial para cada um dos participantes, para um período de 9 dias, incluindo o número total de calorias que costumavam consumir habitualmente.

A única diferença da nova dieta é que a maioria do açúcar consumido foi substituído por amido.

“Tudo ficou melhor”, nota Lustig, frisando que algumas crianças passaram de resistentes à insulina, um período pré-diabetes, a sensíveis à insulina.

“Nós tiramos a galinha teriyaki e colocamos cachorros de peru. Substituímos os iogurtes açucarados por batatas fritas. Tiramos os bolos e incluímos os pães. Por isso, não houve mudança no peso e nas calorias”, explica o investigador.


“Nós demos-lhes comida má, comida processada e mesmo assim tiveram melhores resultados”, acrescenta.
Nove dias depois de uma redução de cerca de 9% do açúcar consumido por estas crianças, verificou-se uma queda de 53% nos níveis de açúcar no sangue em jejum. Os níveis de triglicéridos e de colesterol, altamente associados aos Ataques Vasculares Cerebrais, também desceram.

As crianças apresentavam ainda menos gordura no fígado, problema normalmente associado aos alcoólicos, mas que é também característica de obesos e diabéticos.

Dá que pensar certo? Que futuro queremos para os nossos filhos?...

O ideal é evitar receitas muito doces e optar por ingredientes mais simples.
É óbvio que torna-se um desafio viver sem o doce, mas podes optar por consumir e dar a consumir ao teu filho mais frutas frescas e frutos secos; podes também substituir o açúcar pelo consumo razoável de mel ou melhor ainda, optar pelo uso da stevia que é um adoçante natural.



Fonte original: ZAP (http://zap.aeiou.pt/novo-estudo-confirma-que-o-acucar-e-mesmo-toxico-87662)

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Maca - Lepidium meyenii

Imagem retirada do Google Quanto mais avançamos tecnologicamente, mais se descobre que a natureza com toda a sua pureza e simplicidade fornece-nos tudo o que necessitamos para termos saúde em todos os níveis. Um exemplo disso é a Maca peruana, que apesar de conhecida e muito utilizada pelos povos antigos, só há poucos anos é que começou a ser reconhecida pelas suas propriedades medicinais. É verdade que a ciência nos ajuda muito a validar o conhecimento empírico, mas é verdadeiramente magnifico observar que praticamente todo o conhecimento empírico relacionado com as plantas medicinais tem vindo a ser comprovado cientificamente dia após dia...conhecimento que o povo adquiriu pela experiência, pela tradição...mas nós, somos mais finos...precisamos que a ciência nos dê o O.K. - o.k., aqui utilizei um pouco de ironia! Pois, é verdade que a ciência nos trás muitos benefícios, mas não nos podemos entregar 100% a ela porque o que é uma verdade cientifica hoje amanhã já não o é. O ta...

A versatibilidade de Alfazema (Lavandula angustifolia)

A Alfazema (Lavandula angustifolia) é dos óleos essenciais mais versáteis que dispomos. A associação mais comum a este óleo é para efeitos de relaxamento, mas também pode ser utilizado para limpar feridas, nódoas negras e irritações cutâneas. A sua fragrância é calmante, relaxante e equilibradora tanto psicologicamente como emocionalmente. Seguem algumas aplicações práticas do óleo essencial: Calmante Esfregue 2-3 gotas de óleo de alfazema nas palmas da mãos e depois inale profundamente três vezes.  Depois esfregue o óleo nos pés, nas têmporas e nos pulsos. Picada de Abelha ou outro insecto Coloque uma gota de óleo de Alfazema na zona afectada para parar a comichão e reduzir o edema. Pequenas Queimaduras Coloque 2-3 gotas de óleo de Alfazema numa pequena queimadura para diminuir a dor e a vermelhidão. Cortes Coloque óleo de Alfazema no corte para parar o sangue, limpar a ferida e matar as bactérias. Eczema / Dermatites Misture algumas gotas de ó...

Mercúrio presente no marisco e no peixe aumenta risco para Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)

Um estudo recente em 518 pessoas constatou que elevados níveis de mercúrio no corpo associado ao consumo de peixe e marisco aumenta o risco de desenvolver a doença de Lou Gehrig (ELA), uma doença neurodegenerativa que leva à paralisia e à morte. Entender os factores de risco da esclerose lateral amiotrófica possibilita-nos realizar alterações no nosso estilo de vida, como por exemplo, evitar o consumo de peixes e moluscos, de forma a prevenir esta doença e diminuir a incidência a longo prazo. Nota de pesquisa:  Pesquisas epidemiológicas como essa podem revelar novos factores comportamentais humanos ou exposições ambientais que nos levam à doença. Estudos a nível da população também podem fornecer uma visão ampla de como a doença se desenvolve em seres humanos que não teria sido prontamente descoberto em estudos animais ou celulares. Stommel E, Chen C, Caller T, et al. Fish consumption, mercury levels, and amyotrophic lateral sclerosis (ALS). Pape...