A chicória é uma planta herbácea, perene, pertencente à família Asteraceae, da qual estão inclusas milhares de espécies entre elas as alfaces, os girassóis e as margaridas. De origem Européia e actualmente cultivadas em várias regiões tropicais, subtropicais e temperadas do mundo, a chicória destaca-se por ser uma hortaliça muito nutritiva e cheia de propriedades medicinais.
A parte consumida da chicória são as suas folhas, que apresentam um formato lanceolado, possuem coloração esverdeada, com aproximadamente 30 centímetros de comprimento e 6 centímetros de largura. Elas podem ser lisas ou ter algumas nervuras e, possuem um sabor característico levemente amargo. Seus talos são pubescentes e as flores são encontradas na coloração azulada, reunidas em uma inflorescência do tipo capítulo.
O fruto é do tipo aquênio (seco e indeiscente) e suas raízes são tuberosas, pivotantes e muito utilizadas quando torradas, na produção de um substituto de café, principalmente na Europa.
A chicória contém inulina, um prébiótico que estimula o crescimento de várias estirpes como os lactobacillus e consequentemente ajuda na regulação da flora intestinal.
Graças aos polifenóis, contribui para a proteção da função cardiovascular (ajudando a inibir a inflamação endotelial e a agregação plaquetária) e tem acção anti-inflamatória. Possui também lactonas sesquiterpénicas amargas com acção sobre a função digestiva.
De acordo com um estudo publicado na Phytotherapy Research em 2011, esta planta demonstrou exercer vários benefícios cardiovasculares, reduzindo a agregação plaquetária e a viscosidade plasmática num estudo realizado com 27 voluntários saudáveis que consumiram o seu café (300 ml/dia) durante 1 semana.
Embora os autores do estudo afirmem que os seus fenóis têm um papel importante nesta ação reforçam que outros constituintes da planta também são necessários para se atingir o resultado final.
Num outro estudo realizado pela Universidade de Medicina do Texas, a chicória melhorou a osteoartrite em pacientes (com mais de 50 anos, tratados com 600 a 1800 mg da raiz por dia). Cerca de 90 por cento dos pacientes apresentaram ao fim e um mês de tratamento pelo menos 20 por cento de melhoria na dor, rigidez e estado geral.
São utilizadas as raízes que podem ser micronizadas e administradas em comprimidos, 1 a 2 g por dia 30 minutos antes das refeições, se o objetivo for estimular o apetite ou durante as refeições se pretendermos melhorar a digestão. Também são muito utilizadas as raízes torradas em várias preparações à venda em supermercados para serem utilizadas em vez do café para dar sabor a bebidas.
Principais indicações:
- Tratamentos do fígado e vesícula biliar
- Estimulação do apetite
- Anorexia
- Enfartamentos, digestões lentas
- Obstipação
- Dispepsias
- Disquinesia biliar
- Estimulação diurese
- Depurativo
- Regulador da flora intestinal
- Substituto do sabor do café
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