Pesquisadores da Universidade de Pavia, na Italia, afirmam que o tipo certo de musica pode desacelerar o coração e diminuir a pressão sanguínea.
Musicas vibrantes como Nessun Dorma, de Puccini, que é cheia de crescendos e diminuendos, são melhores para ajudar na reabilitação em casos de derrames, de acordo com os estudiosos.
Respostas às musicas:
Entre as musicas escolhidas estavam a Nona Sinfonia de Beethoven, uma área de Turandot, de Puccini, a Cantata nº 169 de Bach, Va Pensiero, da opera Nabuco, de Verdi e Libiam Nei Lieti Calici, de La Traviata, também de Verdi.
A cada crescendo (quando a dinâmica da música sobe) ocorria uma "estimulação" do corpo e levava ao estreitamento dos vasos sanguíneos abaixo da pele, aumentando a pressão sanguínea e os batimentos cardíacos, além de provocar um aumento das taxas respiratórias.
Por outro lado, os diminuendos, (diminuição gradual do volume), causavam o relaxamento, diminuindo os batimentos cardíacos e diminuindo também a pressão sanguínea.
Musica e silêncio
A instituição de caridade britânica especializada em levar musica ao vivo a hospitais, asilos e casas de repouso, foi criada logo depois da 2ª Guerra Mundial para ajudar os veteranos feridos.
Musicas vibrantes como Nessun Dorma, de Puccini, que é cheia de crescendos e diminuendos, são melhores para ajudar na reabilitação em casos de derrames, de acordo com os estudiosos.
As melodias com ritmo mais acelerado aumentam os batimentos cardíacos, o ritmo respiratório e a pressão sanguínea. Já a musica com ritmo mais lento gera o efeito contrario nos pacientes, segundo os pesquisadores.
A musica já é usada em muitos hospitais britânicos como terapia, gerando efeitos físicos perceptíveis no organismo, além de ter um impacto positivo no humor do paciente.
O estudo dos pesquisadores italianos foi publicado na revista especializada Circulation.
Respostas às musicas:
O médico Luciano Bernardi e a sua equipa de pesquisadores da Universidade de Pavia pediram a 24 voluntários saudáveis que ouvissem cinco faixas de musicas clássicas, escolhidas aleatoriamente, e monitorassem as respostas dos seus corpos.
A cada crescendo (quando a dinâmica da música sobe) ocorria uma "estimulação" do corpo e levava ao estreitamento dos vasos sanguíneos abaixo da pele, aumentando a pressão sanguínea e os batimentos cardíacos, além de provocar um aumento das taxas respiratórias.
Por outro lado, os diminuendos, (diminuição gradual do volume), causavam o relaxamento, diminuindo os batimentos cardíacos e diminuindo também a pressão sanguínea.
"A musica leva a uma mudança dinâmica e continua - e previsível, até certo ponto - no sistema cardiovascular", afirmou Bernardi. "Essas descobertas aumentam a nossa compreensão de como a musica pode ser usada na medicina de reabilitação."
Musica e silêncio
Os pesquisadores testaram várias combinações de musica e silêncio nos voluntários e descobriram que as faixas que alternam entre ritmos rápidos e mais lentos, como óperas, parecem ser as melhores para a circulação e para o coração.
As árias de Verdi, que seguem frases musicais de dez segundos, parecem sincronizar-se perfeitamente com o ritmo cardiovascular natural, de acordo com o estudo.
"Observamos grandes benefícios (do uso da musica) para pessoas que tiveram derrames ou ataques cardíacos. O poder da musica é simplesmente incrível", afirma Diana Greenman, directora executiva da organização Music in Hospitals.
"Já observámos, em pesquisas anteriores, um estado emocional positivo, que pode ser desencadeado ao ouvir musica, e que pode ajudar sobreviventes de derrames", disse um porta-voz da associação britânica especializada em tratamento de derrames, Stroke Association.
Fonte: BBC Ciencia & Saude
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