Avançar para o conteúdo principal

Sabes o que os alimentos processados fazem à inteligência d@ teu filh@?

Existe um impacto visível da nutrição no potencial desenvolvimento da doença de Alzheimer e outros distúrbios cognitivos da 3ª idade.

Também se sabe que verduras, bagas e outros alimentos vegetais reduzem o seu risco enquanto produtos de origem animal e alimentos processados aumentam-no.

No entanto, os efeitos danosos das comidas pouco saudáveis no cérebro ocorrem durante toda a vida. As pesquisas sugerem que a típica alimentação infantil como os hambúrgueres, as massas, as salchichas, a pizza, os nugets, as batatas fritas, os cereais industriais de pequeno-almoço, os doces e as bebidas açucaradas têm um impacto negativo no processo de aprendizagem e na performance escolar.

Nós, como pais, andamos escalfados porque queremos o melhor para os nossos filhos e comprometemo-nos a apoiá-los em todos os seus feitos académicos. Damos das tripas e coração para que tenham uma boa educação, no entanto, será que nos questionamos sériamente acerca da alimentação que lhes fornecemos como tendo impacto no seu desenvolvimento escolar?

O cérebro dos nossos pimpolhos necessita de ferramentas adequadas à aprendizagem logo desde o berço.
A amamentação, por exemplo, providencia uma nutrição rica em DHA para o desenvolvimento cerebral adequado e quando se adicionam alimentos sólidos, a sua qualidade nutritiva é de uma importância crucial para a continuação de um desenvolvimento saudável.

Vários são os estudos que têm demonstrado que os padrões alimentares na infância afectam o QI anos mais tarde. Num dos estudos, o consumo de uma grande quantidade de frutas e vegetais durante a introdução dos alimentos sólidos esteve associado a um maior QI e melhor memória avaliado aos 4 anos de idade ( J. Child Psychology Psychiatry, 2009). Num outro estudo, crianças que regularmente consumiam bolachas, chocolates e outros doces, refrigerantes e batatas fritas durante os primeiros 2 anos de vida apresentaram uma diminuição do QI aos 8 anos quando comparado a crianças que não consumiram esses alimentos. [Eur J. Epidemiol 2012]
A nutrição durante esse período de formação tem um efeito significativo a longo prazo, fornecendo “blocos” para construir o cérebro que está a crescer. O cérebro é muito susceptível ao stress oxidativo por isso uma dieta saudável rica em antioxidantes é especialmente benéfica.

O momento para começares a dar ao teu filho uma alimentação saudável é AGORA. Uma dieta rica em verduras, fruta, vegetais, leguminosas, sementes e oleaginosas é o caminho mais fácil para assegurar que a tua criança recebe todos os fitoquímicos, antioxidantes, ácidos gordos e outros micro e macronutrientes para que suprima adequadamente todas as necessidades fisiológicas para o seu crescimento e aprendizagem constante.

Fontes:
1-     Otsuka M, Yamaguchi K, Ueki A. Similarities and diferences between Alzheim´s disease and vascular dementia from the viewpoint of nutrition. Ann NY Acad Sci 2002; 977:155-161.
2-     Morris MC, Evans DA, Bienias JL, et al. Dietary fats and the risk of incidente Alzheimer disease. Arch Neurol 2003; 60:194-200.
3-     Joseph JA, Shukitt-Hale B, Willis LM. Grape juice, berries and walnuts affect brain aging and behavior. J Nutr
4-     Devore EE, Kang JH, Breteler MM, et al. Dietary intakes of berries and flavonoids in relation to cognitive decline. Ann Neurol 2012.
5- University of Southern california: U.S. education spending and performance vs. The world. (infographic).  http://rossieronline.usc.edu/.edu/u-s-education-versus-the-world-infographic/.
6-     Gale CR, Martyn CN, Marriott LD, et al. Dietary patterns in infancy and cognitive and neuropsychological function in chilhood. J Child Psychol Psychiatry 2009; 50:816-823.
7-     Smithers LG, Golley RK, Mittinty MN, et al. Dietary patterns at 6, 15 and 24 months of age are associated with IQ at 8 years of age. Eur J. Epidemiol 2012; 27:525-535.

                                                     Livro “Nascer e CrescerVegetariano


Comentários

Mensagens populares deste blogue

Maca - Lepidium meyenii

Imagem retirada do Google Quanto mais avançamos tecnologicamente, mais se descobre que a natureza com toda a sua pureza e simplicidade fornece-nos tudo o que necessitamos para termos saúde em todos os níveis. Um exemplo disso é a Maca peruana, que apesar de conhecida e muito utilizada pelos povos antigos, só há poucos anos é que começou a ser reconhecida pelas suas propriedades medicinais. É verdade que a ciência nos ajuda muito a validar o conhecimento empírico, mas é verdadeiramente magnifico observar que praticamente todo o conhecimento empírico relacionado com as plantas medicinais tem vindo a ser comprovado cientificamente dia após dia...conhecimento que o povo adquiriu pela experiência, pela tradição...mas nós, somos mais finos...precisamos que a ciência nos dê o O.K. - o.k., aqui utilizei um pouco de ironia! Pois, é verdade que a ciência nos trás muitos benefícios, mas não nos podemos entregar 100% a ela porque o que é uma verdade cientifica hoje amanhã já não o é. O ta...

A versatibilidade de Alfazema (Lavandula angustifolia)

A Alfazema (Lavandula angustifolia) é dos óleos essenciais mais versáteis que dispomos. A associação mais comum a este óleo é para efeitos de relaxamento, mas também pode ser utilizado para limpar feridas, nódoas negras e irritações cutâneas. A sua fragrância é calmante, relaxante e equilibradora tanto psicologicamente como emocionalmente. Seguem algumas aplicações práticas do óleo essencial: Calmante Esfregue 2-3 gotas de óleo de alfazema nas palmas da mãos e depois inale profundamente três vezes.  Depois esfregue o óleo nos pés, nas têmporas e nos pulsos. Picada de Abelha ou outro insecto Coloque uma gota de óleo de Alfazema na zona afectada para parar a comichão e reduzir o edema. Pequenas Queimaduras Coloque 2-3 gotas de óleo de Alfazema numa pequena queimadura para diminuir a dor e a vermelhidão. Cortes Coloque óleo de Alfazema no corte para parar o sangue, limpar a ferida e matar as bactérias. Eczema / Dermatites Misture algumas gotas de ó...

Mercúrio presente no marisco e no peixe aumenta risco para Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)

Um estudo recente em 518 pessoas constatou que elevados níveis de mercúrio no corpo associado ao consumo de peixe e marisco aumenta o risco de desenvolver a doença de Lou Gehrig (ELA), uma doença neurodegenerativa que leva à paralisia e à morte. Entender os factores de risco da esclerose lateral amiotrófica possibilita-nos realizar alterações no nosso estilo de vida, como por exemplo, evitar o consumo de peixes e moluscos, de forma a prevenir esta doença e diminuir a incidência a longo prazo. Nota de pesquisa:  Pesquisas epidemiológicas como essa podem revelar novos factores comportamentais humanos ou exposições ambientais que nos levam à doença. Estudos a nível da população também podem fornecer uma visão ampla de como a doença se desenvolve em seres humanos que não teria sido prontamente descoberto em estudos animais ou celulares. Stommel E, Chen C, Caller T, et al. Fish consumption, mercury levels, and amyotrophic lateral sclerosis (ALS). Pape...